domingo, 8 de maio de 2011

Mamãe

Ontem assistindo à dois noticiários notei que ambos apresentaram várias chamadas de repórteres em Shopping Centers de São Paulo, cobrindo notícias sobre o dia das mães. Ou melhor, sobre o que dar à sua mãe no dia dela. Sobre o desespero das pessoas em comprar algo para agradar a mamãe. Sobre o objetivo dos lojistas que era o de vender 20% a mais que no ano passado. Sobre a família que já estava há cinco horas no shopping e ainda não tinha comprado o presente da mãe/tia/sogra/avó. O dia das mães já virou um dia de consumo como o Natal. Alguém sabe realmente quais são as reais necessidades de uma mãe? O que ela espera de seu filho? Certamente não é um par de calças.
Minha mãe nunca foi muito de dar vários presentes, o que me chateava quando eu era criança. Mas isso me ensinou a ver as datas comemorativas por uma outra perspectiva. No dia das mães eu e meu irmão quando pequenos, acordávamos cedo e íamos preparar uma mesa bem linda de café da manhã para a mamãe e para a vovó. Usávamos o que tinha em casa, mas deixávamos a mesa tão bonita que dava inveja. Lembro-me até do dia em que fiz suco de laranja no espremedor manual (tinha em mente que só em dias especiais se bebia suco de laranja no café).
Coisas feitas com o coração valem mais que algo que possa ser comprado numa loja. Atitudes de carinho não têm preço. Um beijo e um abraço. Palavras de agradecimento. Respeito (era o que minha mãe sempre pedia em aniversários). E olha que isso pode ser feito todos os dias, custa pouco e quanto mais se dá mais se tem. Além de tornar todos os dias um dia de mães.

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